sexta-feira, 11 de julho de 2008

Comércio eletrônico movimenta US$ 170 bi no Brasil

:: Fernanda Angelo :: Convergência Digital :: 08/05/2008
A Escola de Administração de Empresas de São Paulo da Fundação Getúlio Vargas (FGV-EAESP) divulgou nesta quinta-feira (8) a 10ª edição da Pesquisa de Comércio Eletrônico no Mercado Brasileiro. Segundo Alberto Luiz Albertin, professor responsável pela pesquisa, o comércio eletrônico movimentou aproximadamente US$ 170 bilhões no Brasil em 2007.
Sem revelar o crescimento desta cifra em relação a 2006, Albertin destaca o fato de as transações de negócio-a-negócio (B2B) terem ultrapassado, pela primeira vez, a casa dos 50% do total transacionado pelo comércio eletrônico no País. Segundo o estudo, o B2B respondeu por 55,33% desse valor, enquanto o B2C representou 19,18%.
No ano de 2007, considerando que os gastos e investimentos em comércio eletrônico ainda são muito pequenos (0,37% do faturamento líquido no setor de indústria; 1,15%, em comércio; e 1,69% em serviços), Albertin explica que notou-se que as empresas passaram a utilizar de forma mais efetiva as aplicações de e-commerce que já haviam desenvolvido. Mesmo tendo ficado abaixo das expectativas de crescimento de utilização, diz ele.
Outro item que Albertin destaca é a volta do crescimento do uso das comunidades como modelos de integração para o e-commerce. “As empresas enfim começam a entender como isso pode lhes trazer retorno”, comenta o professor, acrescentando que algumas delas utilizam comunidades e marcam presença em, por exemplo, redes como Orkut ou mesmo o Second Life, para testar produtos, modelos de negócios e tendências. As comunidades foram apontadas por 28,8% das 419 empresas ouvidas pela FGV. O ERP e a Intranet ainda são os modelos de integração mais utilizados, citados por 87,24% e 86,56% dos entrevistados, respectivamente.
O índice de customização de soluções, até mesmo em decorrência do maior uso das comunidades para integrar ofertas, também cresceu. Mais e mais empresas vêem a contribuição desse modelo de negócios para o incremento de suas atividades de comércio eletrônico.
Além disso, merece destaque, de acordo com Albertin, o fato de as empresas agora dedicarem mais atenção ao relacionamento com o cliente do que a questões de segurança e privacidade. “A questão da segurança está consolidada. As empresas sabem que agora é preciso estabelecer um bom relacionamento com o cliente”, conclui Albertin.

Nenhum comentário:

Powered By Blogger